"As ações da Petrobras já refletem essa apreensão, registrando quedas significativas nos últimos dias"
"O mercado enxerga a nomeação de Magda Chambriard para a presidência da Petrobras com cautela e apreensão. Embora ela traga uma vasta experiência no setor de petróleo e gás, tendo atuado como diretora-geral da ANP, há preocupações significativas sobre possíveis interferências políticas em sua gestão. A substituição de Jean Paul Prates por Magda é vista como um movimento para alinhar a Petrobras com as políticas do governo Lula, o que reacende temores sobre a governança e a autonomia da empresa. A recente queda nos lucros e as pressões para retomar projetos de viabilidade econômica duvidosa aumentam as incertezas sobre o futuro da companhia. As ações da Petrobras já refletem essa apreensão, registrando quedas significativas nos últimos dias", André Colares, CEO da Smart House Investments.
"A mudança da presidência na Petrobras, com certeza mudará a política de investimento de diversos players. Ficou extremamente claro que o objetivo do presidente Lula em colocar a Magda no comando da empresa é expansionista. O governo acredita que trará aumento de investimento no país por parte da companhia, sirva como um farol para que puxe a nossa economia. O investidor da Petrobras pode esperar um lucro inicial menor da Petrobras, com certeza, em função do aumento dos gastos", Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
"A nomeação de Magda para a presidência da Petrobras é vista pelo mercado com uma mistura de otimismo cauteloso e incerteza. A sua vasta experiência na indústria do petróleo e gás, combinada com a sua compreensão profunda dos desafios enfrentados pela Petrobras, pode ser um fator positivo para a empresa. No entanto, a sua nomeação também levanta questões sobre a autonomia da Petrobras e o possível impacto de suas políticas na rentabilidade da empresa. Por outro lado, a sua nomeação pode ser interpretada como um sinal de que o governo está buscando uma gestão mais técnica e menos política para a Petrobras. Isto poderia ser benéfico para a empresa a longo prazo, à medida que se concentra em melhorar a sua eficiência operacional e rentabilidade. No entanto, o mercado estará atento para ver se Magda será capaz de manter o equilíbrio entre os interesses do governo e os da Petrobras", Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações.
"A Magda Chambriard é engenheira, desenvolvimentista e conhece bem os processos.O mercado acredita que ela focará mais nos gastos com investimentos. Na prática, a Petrobras com certeza pagará menos dividendos. O perfil dela estará completamente alinhado às expectativas do governo e este, por sua vez, quer a Petrobras maior, gastando mais e distribuindo menos o lucro. É um cenário ruim para o investidor. Provavelmente, a empresa pare com o processo de vender ativos", Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe da Laatus.