Em um encontro realizado na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em Brasília, no início de fevereiro, lideranças do setor de turismo e hospitalidade deram um grande passo em direção à sustentabilidade do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Roberto de Lucena, secretário de Turismo do Estado de São Paulo, e Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), estiveram no evento em defesa do Perse e sua manutenção. A CNC e as 33 entidades que compõem o seu Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) representavam as empresas deste importante setor.
A ação conjunta teve como marco o lançamento de um manifesto que clama pela preservação integral do Perse, amparado pela Lei nº 14.148/2021. Este movimento surge em resposta a um estudo revelador conduzido pela CNC, que projeta uma perda potencial de até R$ 244 bilhões por ano na economia nacional caso o Perse seja encerrado. A análise da Receita Federal complementa essa visão, indicando uma redução tributária estimada entre R$ 17 e R$ 32 bilhões de 2021 a 2023, o que equivale a até 13% do valor que deixaria de circular em diversos setores, não apenas no turismo.
Além disso, o estudo aponta para um benefício direto aos trabalhadores, com um aumento de R$ 18,8 no salário para cada R$ 10 mil adicionais de faturamento gerado. Esses dados foram apresentados durante a reunião do Cetur na CNC, em 6 de fevereiro, reunindo empresários, representantes das Federações do Comércio de todo o país e parlamentares apoiadores da iniciativa.
A culminância desse esforço coletivo foi a assinatura do manifesto, que posteriormente foi entregue em um ato público na Câmara dos Deputados. Esse gesto simboliza não apenas a união de forças entre personalidades influentes do setor, mas também reflete o compromisso compartilhado de salvaguardar o futuro do turismo e da hospitalidade no Brasil. A mobilização em torno do Perse destaca o papel vital deste programa na recuperação econômica pós-pandêmica e na promoção de um crescimento sustentável e inclusivo para o setor.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é presidida por José Roberto Tadros, empresário com raízes profundas em Manaus, Amazonas. Formado em Direito pela Universidade Federal do Amazonas, Tadros tem uma longa história de envolvimento nos negócios familiares. Sua trajetória profissional começou em 1964, quando ingressou nas Empresas da Família, estabelecida por seu bisavô em 1874. Essa empresa, reconhecida como a mais antiga do Amazonas, reflete o legado e a tradição que Tadros traz para sua liderança na CNC.