A percepção de altos preços dos alimentos e produtos essenciais tem sido historicamente um fator determinante na avaliação popular dos governos. Em 2013, durante a presidência de Dilma Rousseff, uma pesquisa do Instituto Datafolha indicou que 80% dos brasileiros sentiram o aumento nos preços dos alimentos, com reflexos negativos na popularidade da então chefe do Executivo. O mesmo levantamento apontou que 64% dos entrevistados perceberam aumentos em produtos de limpeza, enquanto 65% afirmaram o encarecimento de itens de higiene pessoal.
Agora, no governo 3 de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a economia volta a ocupar o centro das preocupações nacionais. Segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada neste sábado (18.jan.2025), 65,7% dos entrevistados afirmaram que os preços dos produtos nos supermercados aumentaram desde a posse de Lula.
O levantamento, realizado entre os dias 7 e 10 de janeiro de 2025, abrangeu 2.018 participantes em 164 municípios, revelando um retrato da percepção pública sobre a economia doméstica. Além da alta nos supermercados, outros indicadores reforçam um quadro de apreensão financeira: 33,2% dos entrevistados afirmaram que sua situação econômica pessoal piorou, enquanto 41,5% afirmaram estagnação, diminuindo que a maioria dos brasileiros não percebe uma melhoria em seu poder de compra.
A pesquisa, com um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 2,2 pontos percentuais, não apenas mensura os resultados objetivos da economia, mas também evidencia as expectativas e sentimentos da população diante de um contexto de desafios inflacionários e flutuações macroeconômicas.
Este cenário se insere em um debate mais amplo sobre os efeitos das políticas econômicas adotadas pelo governo Lula. A inflação percebida e a erosão do poder de compra podem ter desdobramentos políticos significativos, alimentando críticas e pressões por medidas eficazes que minimizem o impacto do custo de vida. A resposta do governo diante desse cenário poderá ser determinante para a consolidação de sua base de apoio e para o desdobramento do cenário político de 2026.
Para mais detalhes, acesse o site do Instituto Paraná Pesquisas.
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