Ronaldo Nóbrega

Carlos Vieira enfrenta crise e turbulência com fechamento de agências da Caixa

Ronaldo Nóbrega  -   28 de julho de 2025

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Carlos Vieira é o presidente da Caixa Econômica Federal desde novembro de 2023. Em seu esforço para imitar Lula, adotou a barba como símbolo de proximidade popular, gesto exterior que não oculta a profunda crise que se abate sobre a Caixa. Na próxima semana, um novo anúncio sobre o fechamento de agências deve aprofundar o clima de desrespeito aos trabalhadores.

Já foram 117 unidades engolidas por esse processo de reestruturação que avança com insensibilidade, deixando a rede e seus empregados à deriva, numa tempestade de incertezas e receios. As decisões recentes, como o infame Programa SuperCaixa que penaliza os que mais se esforçam e as alterações abruptas nas agências digitais, alimentam um clima de revolta silenciosa e profunda.

Em 2024, venderam um sonho de modernidade e futuro digital, promessa que logo se revelou miragem. As agências digitais, antes vistas como um farol, tornaram-se palco de mais confusão e prejuízos para os que acreditaram.

Enquanto isso, a Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal, APCEF/SP, liderada por Leonardo Quadros, ergue a voz em defesa dos empregados, exigindo diálogo e negociação. Não se trata de mera formalidade, mas do respeito à dignidade daqueles que mantêm viva a instituição.

Nos salões do Planalto, o nome de Vieira já ressoa com apreensão.

A Caixa vive dias sombrios. A esperança, enquanto não resgatada no terreno do respeito e da transparência, vai se esvaindo. O futuro da instituição e de seus empregados depende do fim dessa travessia às cegas, dessa sucessão de decisões tomadas no vazio da escuta. É tempo de mudar ou de cair.

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