Ronaldo Nóbrega

João Caldas assume a presidência da Democracia Cristã após licença de Eymael

  -   29 de julho de 2025

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Em reunião extraordinária realizada às 13h desta terça-feira (29.7), na capital paulista, o Diretório Nacional da Democracia Cristã aprovou mudanças na composição da Comissão Executiva Nacional. Durante o encontro, foi formalizada a licença do presidente da Comissão Executiva, José Maria Eymael, e confirmada a posse, em caráter interino, do ex-deputado federal João Caldas como novo presidente da Executiva Nacional.

A decisão foi divulgada em nota oficial assinada por Rubens Pavão, secretário-geral da Comissão Executiva do Diretório Nacional.

A mudança ocorre em meio à trajetória histórica da Democracia Cristã no Brasil, marcada por sua fundação em 1945 por Cesarino Júnior, inspirada pelos ideais de Konrad Adenauer e Alcide de Gasperi na Europa pós-Segunda Guerra Mundial. Desde então, a sigla tornou-se referência no país por sua defesa da dignidade humana, da justiça social e da solidariedade.

Ao longo das décadas, nomes como Jânio Quadros, Franco Montoro, José Richa e Nelson Marchezan passaram pelos quadros do partido. José Maria Eymael, um dos principais articuladores do movimento após a redemocratização, ingressou no PDC em 1962 e foi um dos fundadores do PSDC em 1995, após resistir à fusão do antigo partido com o PDS.

Desde então, a legenda acumulou participação em diversas eleições, organizou congressos nacionais e encontros regionais, ampliando sua presença em centenas de municípios brasileiros e consolidando-se como voz ativa da social democracia cristã no país.

A ascensão de João Caldas à presidência interina ocorre em um momento de transição interna, com expectativa de continuidade no fortalecimento da identidade democrata-cristã e de suas pautas humanistas e sociais.

Ronaldo Nóbrega é jornalista, memorialista e Editor Sênior do portal Coluna Política, com mais de 25 anos de atuação na imprensa e na análise institucional. Foi consulente no Tribunal Superior Eleitoral por 12 anos. Em 2005, protagonizou a Consulta 1.185, que contestou a Regra da Verticalização e impulsionou a Emenda Constitucional nº 52/2006, fortalecendo a autonomia partidária no Brasil. Sua contribuição está registrada na 27ª edição do Direito Constitucional Esquematizado (Editora Saraiva), de Pedro Lenza.

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